O governador de Alagoas, Paulo Dantas, não deve manter contato com outros investigados no suposto esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal na operação Edema, desencadeada nesta terça-feira (11), no Palácio do Governo e na Assembleia Legislativa de Alagoas.
O silêncio de Paulo Dantas, que é aliado da família Calheiros, é decorrente de uma determinação da ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para que as investigações não sejam atrapalhadas.
Paulo Dantas e os investigados nos casos de peculato e lavagem de dinheiro estão com os bens bloqueados na quantia de R$ 54 milhões.
"A necessidade e a urgência das medidas cautelares cumpridas na manhã de hoje – que incluem busca e apreensão, sequestro de bens, afastamentos de função pública, dente outras medidas– foram amplamente demonstradas nos autos da investigação policial e corroborada pelo Ministério Público Federal, o que subsidiou a decisão judicial", informou a Polícia Federal em nota.
A ação foi batizada de operação Edema e, de acordo com a Polícia Federal, apura a "prática sistemática de desvios de recursos públicos que ocorre desde o ano de 2019 na Assembleia Legislativa de Alagoas”.