Atenção, passageiros para o voo Maceió-Brasília, última chamada!
Os três deputados federais do PP, dois do MDB, um do UB e um da Federação PT/PV/PCdoB já tomaram acento e esperam o resultado das urnas para decolar para uma viagem de quatro anos representando Alagoas no Congresso Nacional. Desde já, informamos que os candidatos do Patriota, PDT, PMN, PMB, PROS, Agir e Avante não conseguiram o bilhete para voar neste trajeto nas eleições deste ano.
Restam duas vagas e quatro partidos jogam pesado para consegui-las. A tripulação informa que não dá para cravar quem serão os eleitos, porque nem tudo numa eleição como esta é possível de mensurar. Então deixamos para o último texto a nossa aposta mais arriscada e também uma consulta a vocês, caros leitores.
A noss aposta para uma das duas vagas para a Câmara dos Deputados vai para a reeleição do deputado Nivaldo Albuquerque, do Republicanos. O grupo político do parlamentar saiu como um dos grandes vencedores das eleições municipais de 2020, com 14 prefeituras, um grande feito.
Ele também tem a fama de atender bem as suas bases. O Republicanos ainda reforçou o time para 2022. Trouxe Henrique Chicão, da região Sul, Mosabelle Ribeiro, de Palmeira dos Índios, Palmeri, ex-prefeito de Cajueiro, Júnior Dâmaso, de Marechal Deodoro, e o pastor Oliveira Lima, vereador por Maceió e um dos líderes da Igreja Universal em Alagoas. Com esta equipe, a impressão é que o Republicanos ja está no portão de embarque.
Atrás dele, vem a grande disputa. PSB, PSD e PSDB/Cidadania concorrem em pé de “quase” igualdade quem fica com o último assento. Começaos pelo partido do prefeito de Maceió, JHC, que trouxe JHC como principal atração. Mas com um maroto “Dr.” somado ao nome. O irmão do prefeito começou identificado como João Antônio, logo virou JAC, Dr. JAC e, por fim a metamorfose o transformou em Dr. JHC, com nome, fonte, cores e identidade visual iguais as do irmão mais famoso.
Em ato derradeiro, depois de uma frustrada tentativa de colar a mesma imagem, o irmão do prefeito perdeu até o direito de aparecer no santinho, no guia e no trio elétrico da campanha. Mas Dr. JHC tem chance, sim, de ir para Brasília representar a família Caldas na Câmara. A missão não é fácil. Ele precisa superar os 100 mil votos e contar com a ajuda do vereador Siderlane, do exótico "neo árabe" Rony Camelinho e do ex-candidato a senador Major Diego.
Mas se engana quem pensa que o PSB corre solto por esta vaga. Também do lado de fora, lado a lado, o PSD, do candidato ao governo Rui Palmeira, apresenta uma respeitável delegação. Na dianteira, buscando a reeleição a deputada Tereza Nelma, que conta com uma sombra dentro da chapa: o empresário Gustavo Lima - que está espalhado nos quatro cantos de Alagoas, com apoios de prefeitos, ex-prefeitos e muitos vereadores. E falando em vereadores, os de Maceió, Joãozinho e Allan Balbino completam o plantel do PSD ao lado do pastor Ildo Rafael.
Com menos chances, não podemos desprezar a presença do PSDB/Cidadania, que apresenta a defesa do cinturão de deputado federal de Pedro Vilela. Em 2018, a vaga não veio para o sobrinho do ex-governador Téo Vilela e, somente com a vitória de JHC para prefeito Maceió, Pedro conseguiu voltar para a capital do país, dois anos atrás. Este ano, ele quase virou suplente do candidato e provável eleito senador Renan Filho. Mas acabou não aceitando o convite e lançou-se candidato à reeleição.
A principal ajuda a Vilela terá de vir dele mesmo. Conseguir dobrar a votação de quatro anos atrás, quando teve pouco de mais de 30 mil votos, é obrigatório. Só depois daí é que ele terá de olhar para a votação de Régis Cavalcante, Ana Hora, Pastor Glauco, Tia Elielza e do enfermeiro Reneé Costa.
Antes de fecharmos os compartimentos, um último alerta. A vaga final pode não ir nem para PSB, nem para PSD e nem para o PSDB/Cidadania. Ela ainda pode virar uma quarta vaga do PP, uma segunda vaga do PT/PV/PCdoB, enfim.
Nossa aposta? Ih, rapaz, aguardemos...