Paulo Dantas, o governador de Alagoas e candidato a governador afirmou em um debate (?) ocorrido na noite da terça-feira, 27 de setembro, em uma emissora de TV local, que é um candidato ao governo do estado, ideologicamente, progressista e citou uma reunião com indígenas, quilombolas e a comunidade LBTQ para consubstanciar essa questão.
Quando Paulo mencionou quilombolas essa ativista ficou de orelhas em pé.
Como assim?
O Progressismo que Paulo aponta refere-se a um conjunto de doutrinas filosóficas, sociais e econômicas baseado na ideia de que o progresso, entendido como avanço científico, tecnológico, econômico e comunitário, é vital para o aperfeiçoamento da condição humana.
Assim, como o governo de Renan Filho, o governo “progressista” de Paulo não envidou nenhum esforço institucional para minimizar o sofrimento do povo quilombola, ou avançar, politicamente, na pauta de combate ao racismo estrutural.
A grande maioria das comunidades quilombolas, em Alagoas ( terra do Quilombo que mais tempo resistiu a opressão escravagista) , vive em condição sub-humana, abaixo da linha da pobreza.
Falta água nas torneiras. Falta o pão à mesa. Tem fome de doer o estomago. Sobra desarmonia, desequilíbrio e desigualdade social e isso nos faz pontuar sobre a utilização dos recursos do FECOEP, que construiu hospitais e esqueceu a doença da FOME.
Assim como o governo de Renan Filho, Paulo trata, com um menosprezo ostensivo, a pauta racial no estado, dentre ela, a questão dos territórios sagrados, que são os quilombos.
Alagoas tem os quilombos mais pobres do Brasil todinho.
E, o governador Paulo Dantas afirma ser progressista.
Ôxe, Paulo, tu tem certeza disso?