O mercado eleitoral alagoano nunca antes foi tão bem abastecido com dinheiro lícito como nestas eleições. Não há falta de 'estrutura', portanto.  

A origem dessa 'fartura' é o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), dinheiro público dado aos partidos  para financiar as campanhas eleitorais.

Há candidato a deputado federal com capacidade de obter míseros mil votos que já recebeu quase  R$ 300 mil do FEFC - também conhecido como 'fundão'.

Para quem tem mandato o valor da primeira parcela se aproxima dos R$ 3 milhões, e nunca menor do que R$ 1 milhão e meio, até agora.  

Se há fartura para federal, para deputado estadual também não é diferente, especialmente para quem disputa a reeleição.  Tem parlamentar que já na semana passada, em Maceió, quitou o combinado com o eleitor cadastrado.

'' Quase 70% dos eleitores brasileiros não definiram ainda em quem vão votar para deputado federal e estadual'',  revela pesquisa Datafolha publicada na semana passada.

Isso significa que os cadastros, os acordos financeiros  e os recursos liberados do Orçamento Secreto - que retornam, em muitos casos, de forma ilícita -  vão decidir a eleição proporcional.

Claro que haverá prestação de contas quanto ao uso do dinheiro público. Mas tudo tem jeito.