João Hugo é o presidente da Fundação Municipal de Cultura, em Maceió é um cabra grandão, com uma sensibilidade de alma do tamanho do mundo.   

Essa ativista é uma das referências do ativismo preto do estado de Alagoas e até quem não gosta dela, reconhece isso. E, ela sabe todos os  caminhos que percorreu até aqui.

A I Feirade Cultura Preta Quilombola é algo que vem sendo pensado, ao longo dos últimos quatro meses, com apoio estatal, entusiasticamente, firmado e coisa e tal.

E, finalmente, chegou a hora de dar vida ao projeto piloto da FEIRA, mas, vejam só vocês: 24 horas antes da ação, essa ativista foi comunicada, por telefone, que  o apoio caiu por terra.

Pluft!

Primeiro bateu uma indignação paralisante, depois que o juízo ferveu e esfriou, colocamos as engrenagens do cérebro pra funcionar, buscamos articular possibilidades ( pedi Help! a Lininho Novaes, secretário de comunicação)  e todos os caminhos me levou ao João Hugo.

Um gestor ponderado, firme, e principalmente um sujeito reto no cargo que exerce:- “O partido da FMAC é a cultura, Arísia. Eu falei com o prefeito que essa seria nossa linha e estamos cumprindo. Tem muitos artistas cadastrados, que não comungam com os mesmos ideais políticos, mas, os respeito. Eu também sou um artista. ”afirma João.

Existe algo que as pessoas ainda não entendem no traçar dos caminhos dessa preta ativista:

NUNCA diga a ela que não é possível realizar algo, porque uma  força ancestral que é capaz de mover mundos, será, automaticamente, ativada. 

NÃO tente abortar  uma ação tirando parcerias ( ela fará acontecer, de um jeito, ou de outro)

Resiliência preta, entende?

No feriado da emancipação politica de Alagoas, 205 anos, a  Feira de Cultura Preta Quilombola, uma ação do Instituto Raízes de Áfricas,  nasce de parto a fórceps, dentro de uma querela politica que não tem nada a ver com a causa que essa ativista leva como bandeira e isso só é possível, graças ao João Hugo e Claudia Helena, coordenadora política culturais.

Essa conversa não deveria ser sobre política partidária e seus tentáculos perversos  do poder androcêntrico, branco e colonialista, em querer asfixiar  caminhos, mas, também é...

Segue a Feira, um encontro no Corredor Vera Arruda ( trecho próximo a praia)  feito de gentes, muitas  conversas, música de pret@s, exposições.

16 /09- Sexta-feira

14h- Abertura ao público

15h- Abertura artística- Capoeira Zuavos

17h- Orquestra de Tambores 

 18h30-Abertura oficial 

19h30- Show de Igbonan Rocha 

21h- Encerramento

17/09- Sábado

10 h- Abertura ao público

15h- Apresentação Afoxê Ofa Omin 

17h- Apresentação Afro Dendê

19h30- Show de Manu Preta e Coração de Mainha

21h- Encerramento

Atotô!