É impressionante como em tempos atuais tempos pesquisas eleitorais para tudo que é gosto. Afinal, o que mais tem ocorrido são institutos – em que pese em datas diferentes – trazerem resultados conflitantes em relação à disputa pelo governo do Estado de Alagoas.
Mas, não brigo com os números. Apenas observo o que eles possuem a dizer dentro do que o instituto responsável por estes dados apresenta. Os candidatos e seus marketings que façam desses números o que bem entendam...
Então, vamos à nova pesquisa...
A “bola da vez” é o levantamento feito pelo Result Estratégia e Mídia que gerou comemorações dentro da campanha do ex-prefeito e candidato ao governo do Estado, Rui Palmeira (PSD).
O ex-prefeito pode se “encantar” com os números do Result e comemorá-los de duas formas: 1) de maneira mais afoita, se vendo em segundo lugar depois de ter amargado a quarta posição nas pesquisas anteriores (de outros institutos); e 2) de forma mais conservadora: sabendo que os números ali apresentados apontam para um empate técnico entre ele e os senadores Rodrigo Cunha (União Brasil) e Fernando Collor de Mello (PTB), o que também é um bom resultado para quem antes aparecia se distanciando dos líderes. Logo, Rui Palmeira tem sim o que festejar caso o Result Estratégia corresponda a realidade de momento.
Eis aí uma pesquisa que Rui Palmeira não vai querer proibir de divulgarem, não é mesmo?
Todavia, é erro vender a pesquisa como sendo “definidora” de um segundo turno. Ora, os próprios números apresentados pelo Result Estratégia mostram o contrário.
Levando-se em consideração, conforme o próprio levantamento feito entre os dias 7 e 11 de setembro de 2022, que a margem de erro é de 3%¨para mais ou para menos, o que temos é um acirramento total em que até o líder e governador-tampão Paulo Dantas (MDB) corre riscos. Ou seja: Dantas surge totalmente diferente da posição em que figurava no Ibrape, onde abria vantagem sobre os adversários.
De acordo com o Result, Dantas é líder fora de empate técnico, pois tem 23,1%. Todavia, na margem de erro, o segundo colocado pode estar a seis pontos percentuais ou a três dele. Em uma campanha de tiro curto e com muita coisa a ocorrer, não é uma posição tão confortável. Ainda mais quando se leva em consideração que chegar ao segundo turno de forma acirrada é encarar, do zero, uma nova eleição.
Quanto aos demais, Rui Palmeira aparece com 17,2%, Rodrigo Cunha com 16,2% e Fernando Collor com 15,5%. Ou seja: todo mundo embolado. Se aplicarmos a margem de erro, podemos estar diante de “empate técnico” para tudo que é lado. A única coisa que essa pesquisa traz para Rui Palmeira é “fôlego” já que as anteriores – com exceção da do IPEC – o colocava como fora da disputa pelo segundo turno.
Mas o Result Estratégia estaria correto? Não sei! Assim como não sei se o IPEC, Ibrape, Falpe e outros estariam corretos. Diante de tantas divergências entre os levantamentos, as respostas virão mesmo é com as urnas.
Agora, analisando todas as pesquisas o que se percebe é que há muito Alagoas não via uma eleição tão acirrada. Isso significa dizer que, nos próximos dias, as campanhas dos candidatos majoritários devem subir ainda mais o tom.
Há outro dado interessante da pesquisa, se o Result traz realmente uma fotografia de momento, ele mostra que 18,2% do eleitorado não soube responder ou não opinaram. Eis aí uma fatia a ser buscada pelos candidatos com suas estratégias de marketing. Portanto, caso haja razão nos números deste instituto, o próprio levantamento mostra um cenário completamente aberto.
A pesquisa Result Estratégia e Mídia foi realizada entre os dias 7 e 11 de setembro e foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral com o protocolo AL-00149/2022. Como já dito, a margem de erro é de 3%. O índice de confiança é de 95%.