Na corrida pelo Governo de Alagoas, onde aparece em segundo lugar no Ipec, o senador Rodrigo Cunha (UB) encontra-se licenciado do cargo. Assim, não tem direito a uma das principais regalias comum a todos integrantes do Congresso: a Cota para Exercício de Atividade Parlamentar, o chamado “cotão”.  

Além do salário mensal de R$ 33.763,00, Cunha foi o segundo senador alagoano em volume de gastos da cota parlamentar entre janeiro 2019 e 2022, com um gasto de R$ 1.117.760,60, atrás do também candidato ao Governo, Fernando Collor de Mello (PTB), que gastou exatos 1.291.496,29. Em terceiro lugar está Renan Calheiros (MDB), com 949.365,49.  

O que chama a atenção nas gastos da cota parlamentar de Rodrigo Cunha é a variação de mais de 300% nos gastos com publicidade no ano eleitoral de 2022. De acordo com os Dados Abertos do Senado, apenas nos primeiros cinco meses deste ano, às vésperas das eleições e já anunciado como pré-candidato ao Governo, Cunha gastou cerca de R$ 109 mil em consultorias de comunicação, spots de rádio, peças de TV, criação e produção de material gráfico, manutenção de redes sociais, entre outros serviços de publicidade.  

Para comparação, no mesmo período de 2021, o senador havia gasto menos de R$ 30 mil nos mesmos serviços. Naquele ano, o total de gastos do senador com publicidade foi de pouco mais de R$ 186 mil.  

Na despesas com a cota parlamentar divulgadas no site do Senado na internet, Rodrigo Cunha também relacionou, ainda em 2019, jantares nos restaurantes Ottimo e Massarela, em Maceió, Marzuk e Estação do Guaraná, em Brasília, além do Le Bife, um bistrô de luxo em São Paulo. 

Algumas contas de telefone do candidato também chegaram R$ 10 mil, pagas com a cota parlamentar.

As despesas de Cunha e dos demais parlamentares estão registradas no site do Senado e podem ser conferidas no endereço https://www12.senado.leg.br/transparencia/dados-abertos-transparencia/dados-abertos-ceaps%20e%20https://www6g.senado.leg.br/transparencia/sen/5905/?ano=2022.