Essa ativista sempre afirma que a realização do Iyagbas Afro Contemporâneas marcou um   divisor de águas/horizontes na vida de mulheres quilombolas. 

Iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas, O Iyagbas Afro Contemporâneas, Fórum Estadual de Conversas, Quilombolas, Pretas, Periféricas, aconteceu nos dias 16 e 17 de dezembro de 2021, no auditório térreo do Centro de Convenções e , teve dois grandes entusiastas, apoiadores  o ex-secretário de estado da Comunicação, Ênio Lins e a vice governadora, Jó Pereira.

Foi um espaço rico de troca de conhecimentos, saberes e fazeres e a instrumentalização do conhecimento coletivo, de que, apesar do apagamento, subalternização institucional, quilombos são territórios sagrados.

Foi um espaço privilegiado para juntar mulheres quilombolas, de 16 comunidades alagoanas e aprofundar o debate da urgente necessidade da organização política dos quilombos, a partir do olhar e da memória feminina;

Autonomia da mulher, a partir de políticas públicas especificas e responsáveis.

Do Iyagbas Afro Contemporâneas surgiram novas e fortes lideranças, como Kelly Damasceno, do Quilombo Lagoa do Algodão, em Carneiros,  que criou o Coletivo Mulheres de Saias e Lutas e gente que mesmo tropeçando, caindo faz da resistência atávica a espinha dorsal para recomeçar na luta.

Todos os dias.

O Quilombo que essa ativista visitou na terça-feira não participou do Iyagbas Afro Contemporâneas.  , mas sofreu reflexos bem positivos dele.

A convite da liderança, participamos de uma roda de escuta das mulheres e  com as  demandas das mulheres embaixo do braço, solicitamos  reunião com a autoridade competente, que apalavrou  o olhar coletivo ,ampliado aos 73 quilombos alagoanos, mas, só um  quilombo foi contemplado, e pequenas melhorias , como bojo sanitário pintura das casas, já trazem uma certa qualidade de vida a população invisível,  que é a base da história desse estado.

As melhorias desse quilombo foi essa mulher quem trouxe, disse a líder quilombola referenciando essa ativista que traz a luta, como marca.

Nada de nós, sem nós!

Aluta é coletiva.

Ubuntu!