A Polícia Civil confirmou, na tarde deste sábado (27), que dois suspeitos do homicídio do auditor fiscal João de Assis já foram identificados. Eles são irmãos, e um deles já foi levado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e está preso.
De acordo com a PC, o crime aconteceu pois a vítima havia autuado o estabelecimento comercial de um dos acusados. O delegado responsável, Thales Araújo, pelo caso investiga a possibilidade de mais pessoas terem participado do homicídio.
Em entrevista à TV Pajuçara, o delegado disse que o celular da vítima foi encontrado em um terreno baldio, em Rio Largo, por uma pessoa que passava pelo local e atendeu a uma ligação de familiares de João.
De posse do aparelho, a PC constatou que a vítima usava o celular para fotografar suas ações como auditor. No armazenamento do smartphone, uma das situações registradas condizia com o horário de desaparecimento dele.
De acordo com o delegado, o suspeito que está preso disse que o crime foi fruto de uma “desavença” devido a uma fiscalização, pois ele e o irmão ficaram com medo que empresa deles fosse fechada.
“A desavença partiu para as vias de fato, o que teria provocado uma queda do servidor da Sefaz, que veio a bater a cabeça e ficou desacordado", relata o delegado.
Leia mais: Governador decreta luto oficial pela morte de auditor fiscal e PM emite nota de pesar
O caso
O auditor fiscal João de Assis, da Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz-AL), foi encontrado morto com sinais de violência em um canavial próximo a Usina Cachoeira do Meirim, em Maceió, na sexta-feira (26). O veículo da vítima foi localizado nas imediações do Centro Sportivo Alagoano (CSA).
De acordo com a nota à imprensa enviada pela Sefaz, ele foi morto no exercício regular de suas funções de fiscalização e era lotado na Central de Operações Estratégicas e Fiscalização Interna (Coefi).
Segundo a Polícia Militar, o corpo estava carbonizado e tinha sinais de violência.