Regina Rocha é uma mulher preta, advogada brilhante, que, por 15 anos respirou os ares de Londres. Com um currículo invejável estudou nas melhores universidades da Inglaterra. É PHD não só no currículo lates, mas, no construir relações humanas, unindo argamassas de gentes.
Uma advogada, por excelência.
Retornou à Alagoas faz uns tempos. É uma das primorosas assessoras do gabinete da deputada estadual, Jó Pereira.
Mesmo que não queira, a advogada, se destaca na eloquente ausência de diversidade da Casa de Tavares Bastos.
É preta!
Quantas assessoras pretas existem na Casa Legislativa, das Alagoas de Palmares?
Alexandra Hora é uma mulher preta, periférica, daquelas bandas distantes onde políticas públicas são palavras metafóricas.
Alessandra Hora construiu histórias cheias de profundezas, com sua Família de Anjos, uma associação que criou, a partir da própria necessidade de ressignificar a dor, pelo filho assassinado.
A Família de Anjos revela um mundo incomensurável de histórias, lutas e desafios. Uma causa, que sempre recebeu o olhar político da vice-governadora, Jó Pereira, que também investe na candidatura de Alessandra Hora para deputada estadual, sob o número 44456.
Essa ativista, professora, redatora publicitária, escritora, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas é uma mulher pretíssima, ciente dos caminhos trilhados, saberes adquiridos e da responsabilidade que isso traduz.
Uma ativista que tem guardado na memória os pedaços de conversa, de um historiador alagoano, alertando um jovem cientista político, sobre essa que vós falais: “Arísia Barros fala para o vento, daqui a pouco ninguém presta atenção nela”.
E ao lembrar do episódio, me vem a memória os MAIS DE TREZE MILHÕES de acessos de uma única notícia no blog nos últimos dois anos.
O discurso dessa ativista atravessa fronteiras, (que orgulho poder afirmar isso) e rompe ( Eureka!) com a uniformidade hegemônica de campanhas políticas e o pardismo vigente, quando nossa vice governadora Jó Pereira, desafiando a política imutável dos conceitos sociais estigmatizados, sai da sua zona de conforto, e se permite aliar-se ao aprendizado , de um diálogo político, sobre as muitas reflexões teóricas e práticas do que é letramento racial.
Você sabe o que é isso?
Salve, quem tem coragem!