Essa ativista sempre foi eleitora de Lula, desde os tempos em que, campanha política, era uma maneira legal de respeitar a democracia, 

E, coerente com alguns princípios ativistas, até do esperançar“Vidas Pretas Importam Vivas!”(quem se importa?), reafiançamos o voto, mas, sem deixar de lado a criticidade de toda essa embaralhada conjuntura  politica, no questionar as alianças-antíteses, feito incongruências.

Em Alagoas, a política da situação, (junto a  um lado da esquerda- volver), assumiu o compromisso partidário de apoiar Lula, mas, a primeira contradição surge quando, esse conglomerado de apoiador@s, não pauta leis e ações afirmativas implementadas, como políticas públicas antirracistas. 

A criação do Fundo Estadual de Políticas da Igualdade Racial, em Alagoas, um eficiente ferramenta para o  desenvolvimento sustentável de um povo,  foi defenestrada, na perspectiva exclusivista do governo.

A Secretaria de Estado que deveria implementar as Políticas de Promoção da Igualdade Racial em Alagoas, durante os últimos 7 anos fez arremedos, em torno do nada.

E, exemplificamos, principalmente, os Quilombos Alagoanos, pauta cara do Estatuto da Igualdade Racial (sancionado na era Lula) continuam açodados pela indiferença institucional crassa, o não-estou-nem-aí” a fome fazendo tic-toc.

Os quilombos alagoanos, feito (arroba depreciativa) são indiferenciados faz bem 20 anos. Na terra de Palmares, do decantado Zumbi, o herói preto nacional.

Entra governo, sai governo em Alagoas, (esquerda, direita, volver) e todos vão fazendo de conta que a questão quilombola, em Alagoas, se restringe ao simbólico museu Quilombo dos Palmares.

E haja festa com palanque cheio de polític@s branc@s assentando palavras bonitas, ocas de conteúdo prático.

No sábado, 20 de agosto, visitamos o Quilombo Sítio Novo, no município de Taquarana, em Alagoas.

A comunidade quilombola é comandada por Margarete Geraldo, que nasceu e se criou no Quilombo, zona rural de Taquarana, municipio a 83,53 km, da capital, Maceió. É no Sítio Novo, dentre outros territórios quilombolas, que o Instituto Raízes de Áfricas, com apoio do mandato da deputada estadual, Jó Pereira iniciou uma série de ações necessárias de formação política, fortalecimento da identidade, pertencimento e autonomia financeira das mulheres quilombolas.

 Ações como participação no “Iyagbas Afro Contemporâneas, Fórum Estadual de Conversas, Quilombolas, Pretas, Periféricas”, que aconteceu, em dezembro, no  Centro de Convenções,  entrega de um forno industrial para possibilitar o  acesso das mulheres  a um negócio, como geração de emprego e renda para a comunidade, dentre outras.

Entretanto, todavia, contudo  é urgente que o poder público ou a prefeitura local (ligada a situação do estado) desvista o terno de oposição ferrenha e estabeleça caminhos de diálogos,no criar transparência sobre a aplicabilidade dos repasses federais aos quilombos.

Um agente público não pode, não deve fazer de um Quilombo ( território sagrado de lutas)  alvo, como adversário político, subtraindo direitos legais.

Quem fiscaliza as prefeituras em relação aos repasses da Fundação Cultural Palmares para os quilombos?

São as mulheres que dizem:- “Nunca chegou uma cesta básica para o sítio novo e ainda somos motivo de deboche de outros quilombos, porque não aceitamos as regras impostas.”

É urgente que os quilombos alagoanos, historicamente submetidos a deslegitamação institucional sejam incorporados à pauta da campanha política.

Nós, o povo preto somos MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO VOTANTE EM ALAGOAS.

Qual candidatura dentre as muitas chapas majoritárias investiu em políticas antirracistas?

“A fome, aqui está feia e a nossa fome não aguenta esperar mais. Precisamos de escola, saúde, e principalmente, emprego para não ficar vivendo de favor”- alerta Margarete Geraldo a liderança do Quilombo Sítio Novo, em Taquarana.

A gente vai esperar até quando, um governo, em Alagoas, que invista, de verdade, em politicas estruturais para o combate ao racismo, machismo e as muitas  intolerâncias?

Mais 500 anos?