Em sessão nesta quinta-feira (18), a Câmara Municipal de Rio Largo rejeitou, por oito votos a três, requerimento de origem popular para abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) a fim de apurar as responsabilidades do prefeito afastado da cidade, Gilberto Gonçalves, no suposto esquema de corrupção milionário exposto na Operação Pecúnia, da Polícia Federal.
Um dos três vereadores a votar pelo acatamento do pedido, Daniel Pontes ironizou o argumento utilizado pela situação de que “não há fatos concretos” que embasem a abertura da CEI. “Se isso não é prova para essa Casa aceitar o pedido de CEI, o que será?”, questionou, mostrando uma espécie de dossiê com dezenas de imagens e registros da operação.
O vereador também cobrou que o prefeito afastado dê explicações à população sobre o caso e solicitou, em requerimento verbal, que o Executivo encaminhe ao Legislativo cópias de extratos bancários e notas fiscais de materiais adquiridos, detalhando a entrada e a saída dos recursos públicos federais destinados às vítimas das enchentes no município.
Citando o que parece ser “uma maldição que jogaram em Rio Largo, onde, nos últimos 30 anos, todos os gestores meteram a mão no dinheiro público”, Rafael Feitosa também lamentou o não recebimento do requerimento.
O outro vereador a votar favorável, Romildo Calheiros, disse que ao não acatar o pedido de investigação a Casa ficava desmoralizada.