Ainda criança via, aqui e acolá a imagem daquele homem vestido de palhas e nutria um medo, muito grande. Arrumava jeitos e maneiras de sair de suas vistas, e rezava açodadamente, com o terço no pescoço para ele ir embora. Contavam à essa ativista, ainda muito menina, que aquilo não era coisa de Deus.

A endemonização social do panteão de crença de pret@s.

Eu cresci com o Sr das Palhas pontuando meus caminhos, de uma forma silenciosa e presente.

Sendo suporte.

Sendo um Pai guia.

 Sendo essência.

E essa ativista, a partir do conhecimento passou a amá-lo. De uma forma escancarada. De uma maneira muito profunda.

Hoje saúdo, com uma gratidão incomensurável, a essência do meu Babá, o orixá da cura e da doença, que tem sido e se feito proteção nas trilhas cotidianas..

Atotô, meu amado Babá!

Atotô, Obaluaê!