Todos os dias o teu governo, Paulo, tem deixado bem claro, claríssimo que a espinha dorsal do projeto para o estado é hegemônica, igualzinho ao Brasil todinho.
Projetos hegemônicos são eugenistas, seletivos, excludentes, e tem uma cor padrão.
Qual a cor que tu achas que é Paulo?
Em um projeto hegemônico competência está intrinsicamente ligada a cor da pele ou a tradicional rede familiar, androcêntrica e apadrinhamento político. Não que essa ativista desconheça as competências em tua equipe feminina, entretanto, há um protagonismo posto que se apresenta como privilégios.
É, como uma rede sustentável de manutenção do “status quo.”
Alagoas é uma terra forjada pelo sangue e o suor de pret@s e indígenas, mas é expressiva, aprofundada, abissal a indiferença do governo em relação a riqueza histórica dos povos visto marginalizados.
O racismo estrutural, em parentela com o pardismo conveniente ,vai afunilando lugares de oportunidades, resultando tanto na exclusão dos espaços de poder e decisão , como também o acesso a bens e serviços, quanto numa frágil exercício de cidadania.
Alagoas, Paulo, terra decantada do berço símbolo da mais longa luta contra a opressão escravocrata ( lembra a camisa que você usou no 20 de novembro?) não criou NENHUMA pauta afirmativa, como políticas públicas para a inserção REAL das mulheres pretas, quilombolas, indígenas, trans e etc e tal.
É o racismo/machismo/transfobia estruturais, naturalizados e silenciados, ou afirmando a cota do um.
Esse texto é apenas um lembrete para te dizer Paulo, que o discurso do governo que é o que tem mais mulheres nas secretarias de estado é um discurso bonitinho, mas, hegemônico, pois o padrão é quase único.
Inclusão, na REAL, Paulo não é utilizar a fórmula pronta da consolidação dos privilégios. É OUSAR fazer diferente.
Entende??