Mais de um personagem me contou que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, teria dito ao senador Fernando Collor (PTB) que o presidente Bolsonaro deixou a decisão da união do PL com o PTB em Alagoas nas mãos do seu grande aliado, Arthur Lira (PP).

De fato, Arthur sequer reagiu nem brigou - pelo menos publicamente - pela sigla, que indicou o vereador Leonardo Dias vice de Collor. Apenas declarou na segunda-feira (8), em encontro com lideranças do agronegócio em Maceió, que "ninguém representa mais Bolsonaro em Alagoas" do que ele.  

"Ninguém vai roubar isso. Temos que saber diferenciar quem precisa de Bolsonaro e quem ajuda Bolsonaro a trabalhar", disse ainda o presidente da Câmara.  

Essa reação, aparentemente tardia, foi dirigida a Fernando Collor - o primeiro a assumir a 'paternidade' do palanque para Jair Bolsonaro em Alagoas.

Há também quem avalie que o tom usado por Arthur Lira é uma resposta ao grupo que lidera e que tem como candidato ao governo o senador Rodrigo Cunha (União Brasil).

 Mas que, na verdade, ao 'perder' tão fácilmente o PL botou o pé em outra canoa.

Em política também é preciso sobreviver e ter alternativas para derrotar o grande adversário.