Quando conviveram na Assembleia Legislativa, Rui Palmeira e Antônio Albuquerque estavam muito longe de serem aliados – ou amigo de infância, se o eleitor-provocador assim preferir.

Além de questões outras, os bastidores da Casa de Tavares Bastos afirmavam que AA atribuía - pelo menos em parte - a Operação Taturana a Guilherme Palmeira, pai de Rui, e que era, então, ministro do TCU.

Depois, Rui virou federal, prefeito duas vezes de Maceió, e os dois não mais andaram na mesma pegada.

O reencontro agora é típico da atividade política: sem mágoas, sem desconfiança (?) - como se estivesse escrito nas estrelas. 

Fato concreto: AA entrega a Rui o que ele não tinha – grupos e redutos políticos interioranos.

Rui dá a AA a dimensão de majoritário que ele perseguia de há muito.

O deputado estadual, sabe-se, tem rejeição num eleitorado mais urbano, mas tem forte penetração em municípios cujos prefeitos o apoiam.

Se ele dá mais do que tira (em votos), só o tempo dirá.

O que se mostra acertado é que, neste momento, um parece feito para o outro.