O senador Renan Calheiros (MDB-AL) acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar anular a convenção nacional do MDB, marcada para esta quarta-feira (27), que deve homologar a candidatura da senadora Simone Tebet à Presidência da República.
A ação foi protocolada por Hugo Vanderlei Caju, delegado do MDB de Alagoas, e alega que o modelo virtual do encontro se reveste de "grave irregularidade", pois não garante o sigilo do voto.
De acordo com a ação, as irregularidades são relacionadas à garantia do sigilo do voto, representando "violação às disposições estatutárias do MDB, tal como será verificado adiante".
A iniciativa de Renan, porém, não conta com apoio majoritário do grupo de emedebistas que apoiam Lula, nem do ex-presidente Michel Temer, que se reuniu com a ala lulista da sigla e chegou a defender o adiamento da convenção. "O que nós combinamos é que íamos esgotar as tratativas no campo político. Justiça é sinônimo de briga", disse Lucio Vieira Lima (MDB-BA), que apoia Lula.
A leitura reservada de emedebistas é de que Renan acionou o TSE para se "cacifar" com Lula, já que deve ser o principal interlocutor da sigla em uma eventual vitória do petista. Procurado, o senador não quis se manifestar. A convenção do MDB será virtual e transmitida ao vivo pelo YouTube.
O MDB informou em nota que "irá responder ao TSE a ação apresentada pelo emedebista alagoano Hugo Caju. A assessoria jurídica do partido tem plena convicção de êxito. O MDB confia na segurança do sistema eletrônico de votação, aliás como a maioria dos brasileiros".
*Com Estadão