Com a aproximação das convenções partidárias, o sinal vermelho foi ligado e a desistência de alguns pré-candidatos para a disputa do pleito de 2022 está na ordem do dia. Vale ressaltar que esse fato poderá levar os partidos a não conquistarem o quociente eleitoral necessário para que venham a  lograr êxito no pleito.

Sergio Toledo, com quatro mandatos de deputado estadual e um de federal, foi o primeiro a desistir da candidatura, por problemas familiares. Sua performance nas eleições de 2018, quando conquistou 98.201 votos para deputado federal, o qualificaria para ser o principal nome da Federação Partidária(PT/PV/PC do B), o que viria a garantir, no mínimo, uma vaga das nove em disputa para a câmara federal. Sua desistência compromete a Federação Partidária(PT/PV/PC do B) em não atingir o quociente eleitoral e caso isso aconteça, só restará a esses partidos coligados as sobras de vagas para a tentativa de êxito no pleito.

Do mesmo modo, Jairzinho Lira, ex-prefeito de Lagoa da Canoa e com dois mandatos de deputado estadual, também desistiu da sua candidatura à reeleição para a assembleia legislativa. A perda do domínio que exercia sobre as prefeituras de Lagoa da Canoa e de Feira Grande, além da possibilidade de problemas jurídicos e a dificuldade do seu partido, PSD, em montar uma chapa competitiva, foram fatores que determinaram a sua desistência.

Assim, o prefeito JHC, que é presidente regional do PSB, foi pressionado pela direção nacional do partido para montar uma chapa para deputado federal e, correndo o risco de perder o controle do partido aqui Alagoas, encontrou como saída para essa situação, lançar seu irmão, Dr. JAC, que estava cotado a deputado estadual, como candidato à câmara federal. Tal  fato inviabilizou a candidatura do seu pai,João Caldas, que seria pré- candidato a deputado federal pelo União Brasil. Com a desistência de JC, que era um dos mais cotados para a conquista de uma vaga para a câmara federal, haverá dificuldades para que o seu partido, União Brasil, em garantir duas vagas das nove em disputa.

Por tudo isso, com o fim das coligações, o pleito de 2022 será uma das eleições das mais difíceis e , dessa maneira, só estarão na zona de conforto para conquistar uma vaga no parlamento os candidatos que apresentarem densidade eleitoral consistente.