Essa ativista foi admitida no quadro de servidor@s do estado de Alagoas, via concurso público em 1984. Tornou-se oficialmente professora da rede pública estadual. Era um sonho da mãe, em ter uma filha professora, e o sonho se fez, pela segunda vez, pois, em 1980 foi a admissão oficial.
40 horas, em 2 matrículas institucionais, como professora.
Foram anos de vasta aprendizagem técnica, pois, mesmo tendo cursado o magistério, a sala de aula era um desafio, às vezes, paralisante
Após 20 anos de sala de aula, essa ativista foi convidada para atuar no cérebro da educação, ou seja, na sede da Secretaria de Estado da Educação, com uma atividade específica, mas, daí descobrimos um terreno fértil para investir na educação antirracista.
E aposta se deu.
Nos anos 80, a partir da nossa iniciativa foi criado o Núcleo Temático de Identidade Negra na Escola que se fez um divisor de águas na educação em Alagoas e referenciado pelo governo federal, da época.
Salve, SECADI/MEC!
Sob nossa coordenação Alagoas virou uma grande meca de pensador@s pret@s e a rede de ensino respondeu, enfaticamente e afirmativamente à questão. A ação do NUTINE foi tão impactante que logo virou Gerência de Educação Étnico-racial.
Foi nesses espaços que essa ativista foi angariando conhecimentos robustos aprendeu a ser articuladora política de causa.
Mas, chegou um tempo que, para salvaguardar caminhos de lucidez, decidiu pelo desligamento do estado e entramos no processo de aposentadoria, das duas matrículas.
Foram vários capítulos de uma novela, politicamente exaustiva. E após 6 anos de afastamento, eis que, agora, oficialmente sou uma servidora aposentada.
E, agradecer a atenção cuidadosa da Secretária de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio, Renata Santos e sua equipe, Vivianne Tenório, secretária especial de gestão, Jéssica Moreira, superintendente, e Daniella Albuquerque, assessora especial, que tão diligentemente envidaram esforço e determinação para a solução dos impasses.
Essa ativista, agora, pode afirmar. Enfim, aposentada!
Obrigada!