A overdose de pesquisas divulgadas esta semana em Alagoas revelam o que já era previsto nos bastidores.
Em dois casos, por exemplo, era imaginado o crescimento da competividade das pré-candidaturas de Paulo Dantas (MDB) e de Fernando Collor (PTB).
Assim como a queda livre do senador Rodrigo Cunha (União Brasil) - que chegou a liderar as pesquisas - agora corre o risco de ficar fora do segundo turno.
Cunha foi da esperança a decepção como senador em termos de atuação e posicionamentos nesse quatro anos de mandato.
A frustração é tanta que gera saudades da combativa Heloísa Helena e do 'brigador' por verbas, o também ex-senador Biu de Lira.
Paulo Dantas segue o roteiro: caneta na mão, governando, inaugurando e lançando obras, exposição intensa na mídia e a ideia de continuidade do bem avaliado governo Renan Filho.
Fernando Collor mantém o script para conquistar os bolsonaristas. Segundo colocado nas pesquisas, atrás de Paulo e na frente de Cunha, sabe que a corrida de agora classifica para a segunda etapa.
Rui Palmeira, por sua vez, precisa encorpar o número de aliados. Não é, absolutamente, carta fora do baralho. E, mais adiante, de uma forma ou de outra, pode decidir o pleito.
O fato concreto é que ainda há muito o que ocorrer, como os ataques, traições, decepções, Fake News, o imprevisível e a campanha propriamente dita nas ruas, no rádio e na televisão.
Mas também é fato que a disputa está afunilando e agora começa a separação entre homens e meninos.