Marcos Vieira,diretor-superintendente do SEBRAE, escreve:
Vivemos mais uma vez o drama das enchentes, provocadas por fortes chuvas nesta época de inverno em nossa região. Temos uma repetição de 2010, quando várias cidades pernambucanas e alagoanas foram fortemente atingidas por chuvas na cabeceira sobretudo do Rio Mundaú, que provocou enormes danos à municípios nos 2 estados, mas, com bem mais prejuízos no território alagoano. Sabemos todos que esses fenômenos vão se agravar devido às mudanças climáticas atualmente em curso e de forma cada vez mais aceleradas; o que nos deixa mais e mais preocupados é por estarmos vendo a inércia das nossas forças políticas quanto a algumas providências que por certo reduziriam os riscos dos enormes prejuízos materiais e até mesmo com perdas de vidas humanas que se repetem atualmente. Lembro-me em 2010 das discussões pelas nossas autoridades a respeito da necessidade, por exemplo, serem urgentemente construídas uma série de barragens ao longo do rio Mundaú, ainda em Pernambuco, o que iria retendo o imenso volume de águas que vem descendo em direção ao complexo lagunar Mundaú-Manguaba em Alagoas e que tem provocado o que estamos presenciando hoje, a destruição que castiga muitos dos nossos municípios- mais de 40 deles- tanto nas áreas rurais, como nas urbanas, inclusive atingindo as infraestruturas viárias e de abastecimento d'água, provocando imensos prejuízos financeiros para os estados atingidos. Lembremo-nos do que recentemente ocorreu no sul da Bahia com cidades Turísticas sendo seriamente atingidas pelas chamadas chuvas de verão. Os desastres se repetem, só que a reação das autoridades a fim de evitá-los ou ao menos reduzi-los não acontecem. Só as promessas acontecem, como no caso do barramento das águas do Mundaú. Que a nossa sociedade saia da letargia e dos lamentos pelas sucessivas perdas e passe a exigir dos políticos e executivos de governos, as providências que são óbvias, mas que não acontecem. Esse é um bom momento, quando estamos ouvindo mais discursos e mais promessas, muitas vezes dos mesmos. Qual será desta feita a nossa reação?
Vamos ver o que acontece...