Em sua campanha antecipada à releição, Jair Bolsonaro  (PL) desembarca em Maceió ciente de que o clima entre os seus conselheiros políticos é de velório. E o responsável é o comportamento do próprio presidente.

Essa desanimação decorre da escolha do general Braga Netto para ser o vice no lugar de uma mulher, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS), e também porque o presidente tem ignorado todas as recomendações sobre o que deve dizer no Nordeste.

Ou seja, a estratégia acertada entre  Bolsoanro, o núcelo político da campanha e o marqueteiro para os próximos 100 dias de campanha é descumprida.  

A ideia era usar todas as oportunidades que tivesse no Nordeste para defender o Auxílio Brasil e outras iniciativas que geraram emprego para tentar tomar o voto dos simpatizantes de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mas, por conta própria, o "foco total no social" foi desviado para o ex-minsitro da Educação Milton Ribeiro, o lenga lenga sobre urnas eletrônicas e ataques ao STF.

“O risco de derrota só aumenta”. "O presidente está fazendo de tudo para perder". “No nosso planejamento, junho seria o mês da virada, mas até agora só colecionamos problemas”, são as frases mais ouvidas entre os coordendores da campanha, diz Malu Gaspar, em o Globo.