Não lembro bem como conheci Romão, acho que sua história chegou primeiro,o niteroiense de coração, o homem-atravessador-das-pontes- entre Hamburgo, no norte da Alemanha e Brasil.

Marcos Romão foi meio guru, um mestre iluminado, que às vezes se fazia ranzinza. Chamava atenção, mostrava caminhos, se espalhava no mundo das pessoas

sociólogo percursor do SOS Racismo, no Rio de Janeiro, o ensinador sobre o direito de ter direitos humanos.

O cabra que, em Hamburgo criou a Rádio Mamaterra e se  fez referência para imigrantes brasileiros.

Romão é um homem preto que carrega um monte de histórias profundas, dentro da própria história.

É uma referência de militância preta, não só para o Rio de Janeiro, como para um universo de pessoas.

Quando se foi em 2018, ainda falei com ele ,umas conversas misturadas de despedida.

Faz 4 anos que se encantou e agora o cineasta, carioca Clementino Junior, celebra o grande Marcos Romão, em filme.

Que a gente possa falar da gente. 

As nossas lutas pretas.

Que a gente possa celebrar as gentes. 

As nossas histórias.

Quem sabe tem uma pré-estréia, em julho, no Rio, e essa ativista terá o incomensurável prazer de estar na plateia,né, Clementino?

Romão foi um bom amigo.

Obrigada, Clementino Junior!

Salve!