A primeira vez que vi Luís Inácio Lula da Silva, minha filha era pequena. Lembro que ele segurou na mão dela e fez um carinho. Faz bem uns 20 anos.

Muito tempo depois, no governo gestado por Lula, essa ativista teve um forte suporte do governo federal para suas iniciativas, e foi a partir desse investimento, que internalizou  as causas antirracistas, como um processo necessário para a construção de uma democracia plena.

Foram anos bons, de interatividade, diálogos, vivências imersivas de valores, incontáveis produções, ações robustas, que substantivaram o aprendizado sobre  racismo estrutural e letramento racial para as terras conservadoras, eurocêntrica e androcêntrica  de Palmares.

E desde aqueles tempos cheiosde memórias, essa ativista pontua toda caminhada, como controle social, em torno da responsabilidade que o Estado, (executivo, legislativo e judiciário) precisam assumir no combate ao racismo estrutural.

O racismo estrutural em Alagoas é insidioso, prepotente, arrogante e principalmente debochado, pois desde 2016 ( qatro anos)  faz de pano de chão, utiliza o sutil “nem-te-ligo” para o projeto de política pública de estado, que significa o Fundo Estadual de Promoção para Igualdade Racial, que tem como objetivo subsidiar ações da população preta.

No dia que Lula veio a Alagoas, essa ativista tinha uma reunião cuja pauta era o Fundo Estadual de Promoção para Igualdade Racial, mas, foi decretado ponto facultativo e, a reunião foi mais uma vez adiada.

Faz um tempo que a política pública de direitos humanos para a população preta, quilombola, em Alagoas, foi colocada em escanteio e um mundo de gente, conivente, faz de conta que não vê.

Direita esquerda, volver.

Enquanto houver racismo, não haverá democracia.

No dia que Lula veio a Alagoas...