Anunciada ontem (6), a proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) para compensar a perda de arrecadação dos estados que zerarem o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de combustíveis, repercutiu também entre a classe política em Alagoas.
“Bolsonaro anuncia maior corte de impostos da história! Irá ressarcir estados que decidirem zerar ICMS sobre diesel e gás de cozinha. O Governo Federal tem feito a sua parte, agora só depende dos governadores. Veremos quem de fato trabalha a favor do povo!”, escreveu, no Twitter, o deputado estadual Cabo Bebeto (PL).
Do mesmo partido, o vereador de Maceió Leonardo Dias, cobrou uma posição do Governo de Alagoas:
“O presidente Bolsonaro deu um xeque-mate nos Governadores que estavam prejudicando a população com o alto preço dos combustíveis com vistas ao processo eleitoral. Ao garantir a receita perdida com a redução do ICMS, não há mais desculpas. E o Tampão alagoano, já reduziu o ICMS?”.
O senador Renan Calheiros (MDB), também via redes sociais, acusou Bolsonaro de “bater a carteira de governadores”.
“A maior inflação em 27 anos é culpa da incapacidade e ócio de Bolsonaro, principalmente nos combustíveis. Bater a carteira de governadores, sem proposta clara, é cinismo de quem pagou altos dividendos aos acionistas sem se importar com o povo”.
Já o secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, repercutiu a entrevista na qual o secretário da Fazenda de São Paulo, Felipe Salto, classifica a proposta do governo federal de “brincadeira de mau gosto” e questiona a fonte dos recursos.
“Esse governo, apoiado pelo dep. Arthur Lira e Centrão a cada nova pesquisa contrária, inventa uma medida para encobrir toda sua incompetência para lidar com problemas. Excelente posição do FelipeSalto. A proposta dos estados é propositiva e responsável”, escreveu Santoro.
ALE e Câmara
Na sessão desta terça-feira (07), na Assembleia Legislativa, Cabo Bebeto voltou a cobrar “que os estados façam sua parte”, reduzindo o valor do preço do óleo diesel e do gás de cozinha (GLP), mostrando “quem está do lado do povo”.
Em aparte, o deputado Davi Maia (UB) criticou Renan Calheiros “por ser contrário a medida” e afirmou que espera urgentemente a redução do imposto. Também em aparte, Jó Pereira (PSDB) elogiou a decisão do governo federal de “bancar a conta” para que o combustível chegue mais barato aos brasileiros.
Na Câmara Municipal de Maceió, Leonardo Dias também voltou a cobrar, desta vez em Plenário, que o governador Paulo Dantas (MDB) aceite a proposta. Lembrando que já foi aprovada na Câmara dos Deputados a matéria criando o teto de 17% para o ICMS sobre os combustíveis, o vereador citou que a alíquota em Alagoas é de 29%.