Rui Palmeira, Fernando Collor, Régis Cavalcante e Rodrigo Cunha não têm nomes definidos na disputa ao Senado - com exceção de Paulo Dantas -, o que é natural diante das articulações e dos prazos e datas até o registro das chapas.

Fato é que o imprevisível e o imponderável sempre rondam as candidaturas. Favorito de hoje, o derrotado de ontem, o imbatível de amanhã, o isolado da semana passada, tudo pode trocar de lugar de uma hora pra outra.  

Isso está registrado especificamente na história da política alagoana, que também revela o quanto um candidato 'forte' ao governo puxa, leva a vitória o seu candidato ao Senado. As eleições de 1990, 1994 e 1998 retratam bem esses acontecimentos:

1 - Na eleição recheada de denúncias de fraudes em que houve recontagem de votos, em 1990, Geraldo Bulhões virou a disputa contra Renan Calheiros. O senador eleito apoiado por GB foi Guilherme Palmeira. Ele bateu o candidato de Renan, Francisco Mello, primo do então presidente Fernando Collor.

2 - 1994. Bulhões apoiou Pedro Vieira. Divaldo Suruagy venceu o pleito. Ao Senado,  Antonio Hollanda era favoritíssimo a uma das duas vagas. Suruagy ganhou fácil e ainda elegeu os senadores Renan Calheiros e Teotonio Vilela.

3 - Em 1998 Ronaldo Lessa, que havia sido prefeito de Maceió, venceu a corrida contra o então governador Manoel Gomes de Barros. Nos acordos políticos feitos com lideranaças do interior, Lessa conseguiu incluir a sua pouco influente, na época, candidata ao Senado, Heloísa Helena. HH bateu nada mais nada menos do que Guilherme Palmeira.

Ou seja, quem almeja o Senado tem que escolher bem o seu governador.