25 de maio Dia de África traz uma simbologia histórica atemporal, pois, retroalimenta a concepção da liberdade verdadeira, aquela que faz surgir, vozes insurgentes, no espaço, democrático, que tem se feito anêmico, no desmonte do estado-poder etnicista.
25 de maio é dia de celebrar o continente diversificado e dinâmico das pretas, que, como personagem coletivo, ocupam os parlamentos brasileiros, fazendo enfrentamentos, pontuando reforçando, contradizendo, contrapondo o camaleônico racismo brasileiro, a partir da organização de uma plataforma de ações e lutas.
25 de maio é o tempo de saudar a deputada estadual, por São Paulo, Érica Malunguinho, mulher aguerrida, que essa ativista conheceu recentemente.
Erica tem encontrado jeitos e maneiras, estrategicamente, jurídicas de confronto a barbárie do estado racista.
É a mulher-parlamentar pernambucana que conta histórias de lutas de São Paulo para o mundo todinho.
Tem a deputada estadual, Renata Souza, negra, feminista. jornalista e doutora em Comunicação e Cultura, cria da Favela da Maré, Zona Norte do Rio, e da vereadora (in memorian), Marielle Franco. Em 2018, foi eleita a deputada estadual, mais votada da esquerda, do Rio, de todos os janeiros.
Companheiras pretas ativistas cariocas falam sobre e louvam tanto e tão assertivamente a atuação de Renata, que essa ativista se apressou em colocar o nome da deputada na agenda, para conhecê-la, pessoalmente, e trazer oxigênio para as lutas diárias.
Tem a Laura Sito, jornalista, vereadora na cidade de Porto Alegre. É a mais jovem e primeira mulher preta a compor a mesa diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre, faz parte da primeira bancada negra da história da cidade.
É a única representante do Brasil, nomeada, como membro da Frente Parlamentar de Combate à Fome na FAQ, uma das agências das Nações Unidas que lidera esforços para a erradicação da fome e combate à pobreza.
Agenda aberta dessa ativista traz a anotação datada: conhecer Laura Sito, no mês de junho.
E finalmente, saudar a deputada estadual, por Alagoas, advogada , Jó Pereira, mulher não-preta, mas, aliada, que faz um enfrentamento mais à esquerda do que a própria esquerda alagoana, e que traz a compreensão política de que a institucionalização das políticas de estado tem que ser, prioritariamente, equânimes e humanitárias.
Acompanhar a interpretação politica sobre insegurança humana crônica e as atrocidades flagrantes, às populações minimizadas em direitos, a partir dos posicionamentos assertivos e peremptórios, dessas mulheres no parlamento brasileiro revigora , com coragem,força e discernimento a caminhada dessa ativista.
Mulheres parlamentares que carregam a compreensão de que o racismo estrutural é antagônico à democracia e a justiça social.
Essas e tantas outras mulheres fazem parte de uma África afetiva e ética que substanciam o caminho dessa ativista.
Ubuntu!
Salve, salve o 25 de maio!
Fotos.
1- Deputada estadual Erica Malunguinho- São Paulo e essa ativista
2- Deputada estadual Renata Souza- Rio de Janeiro
3-Vereadora Laura Sito (bancada negra) Porto Alegre
4-Deputada estadual, Jó Pereira- Alagoas, e essa ativista