''Bolsonaro vetou o projeto aprovado pela Câmara que incluiria o nome da psiquiatra Nise da Silveira no pantheon dos heróis e heroínas do Brasil. Ora, o que se pode esperar de um sujeito que tem como líder o torturador Brilhante Ustra? A Nise certamente não iria gostar de ter na sua homenagem a assinatura de um fascista'', publicou em sua rede social o jornalista e escritor Jorge Oliveira.
Também cineasta, foi Jorge Oliveira quem levou para o cinema a história da psiquiatra alagoana Nise da Silveira. O filme ‘Olhar de Nise’ fez muito sucesso, tanto que foi premiado no Brasil e no exterior.
Nise revolucionou o tratamento das pessoas com sofrimentos psíquicos ao defender métodos humanizados. Ela questionava tratamentos como eletrochoque, lobotomia, camisa de força e isolamento em hospícios.
O governo justificou o veto afirmando que "não é possível avaliar a envergadura dos feitos da médica Nise Magalhães da Silveira e o impacto destes no desenvolvimento da Nação, a despeito de sua contribuição para a área da terapia ocupacional".
Talvez, na verdade, o governo Bolsonaro tenha sido mesquinho, miúdo e negacionista porque o pedido de inserção do nome de Nise no acervo - e aprovado no Senado Federal em abril - foi iniciado pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).