Os quilombos alagoanos são desimportantes, territórios de menor valia.

Coisa de pret@s, sabe como é que, é, né?

Os quilombos alagoanos são os mais pobres entre os pobres no Brasil.

Nos quilombos alagoanos, na maioria, falta água nas torneiras, dessas que escorrem pelos canos da civilização e traz dignidade à vida.

Tem rarissimas exceções.

Nos quilombos alagoanos a pobreza é escancarada feito fogueira, de São João, que queima sem destemor.

Queima caminhos de possibilidades, parindo a desesperança.

Olha pro céu, meu amor...

Falta escola, saúde, oportunidades de emprego e renda.

E   seja qual for a gestão do estado a indiferenciação para implementação de políticas públicas estruturantes é perpétua

Nada de ‘meu Quilombo Lindo”, afinal o quilombo é uma não-cidade.

Nos quilombos alagoanos é visível o apagamento perpetrado dos vestígios da história vivida. É o racismo estrutural substantivado pelas cestas básicas entregues como consolo para as muitas fomes, que repetem amém.

Os quilombos alagoanos precisam de um olhar estatal, feito políticas públicas, do estado brasileiro onde se deu a mais longa resistência ao colonialismo, escravismo. 

Salve, salve Quilombo dos Palmares!

Os quilombos alagoanos territórios sagrados de ancestralidade na decantada terra de Zumbi, seguem, cronicamente, desassistidos, nas Alagoas, como a  terra da Liberdade. 

Lembra da inscrição na camisa, no 20 de novembro, governador?

Governador, Paulo Dantas, depois das festas juninas, a gente pode falar sobre os quilombos alagoanos? 

Pode?