Erica Malunguinho educadora e artista plástica foi  a primeira pessoa transgênera a eleger-se como deputada estadual, na Assembleia Legislativa de São Paulo em mais de 180 anos de existência da Casa. 

É uma malunga, que em bantu, língua africana, significa camarada ou companheira.  Aquela que atravessou oceanos e começou uma nova vida, alimentando seu povo.

Mulher, trans, preta, natural de Pernambuco, Érica é identidade e pertencimento: Eu sempre soube que ea preta, com o meu nariz mais largo, cabelo mais áspero” 

Aos 19 anos saiu de Recife direto para São Paulo e foi na capital paulista que deu voz e corpo a sua identidade de gênero.

Sou mulher!

Uma cria política de Marielle Franco "Chorei muito quando soube do assassinato de Marielle. Seu projeto político acabou de acabar. Foi uma mensagem para nós que não deveríamos estar lá brigando por nossos corpos e resistindo ao genocídio e ao racismo. Eu tinha tanto ódio em mim. Ao mesmo tempo, eu sabia que precisava tomar esse ódio e fazer algo positivo com ele".

Parruda em conhecimentos, multifacetária, ativista assertiva e carrega, por onde quer que vá, a ideia substantiva de fortalecimento do quilombo, do Ubuntu. 

Eu sou porque nós somos!

Erica é o Aparelha Luzia espaço de resistência, com uma influência política singular, bem no coração de São Paulo. Um centro cultural que reúne gentes, lutas, musicalidade, ancestralidade, ideias e  que se veste de  quilombo-abrigo contra o racismo que nos mata. Todos os dias. Todos os dias. Todos os dias.

O Aparelha Luzia é considerado como um dos mais proeminentes centros de resistência negra. É igualzinho a sua criadora, Erica Malunguinho, um lugar insurgente contra a opressão que quer nos condenar ao ostracismo social: trans, pret@s, mulheres, indígenas, etc e tal

Conhecer a deputada paulista fez muito bem para a alma insurgente dessa ativista.

Foi um prazer inenarrável, senhora deputada-revolução

Prazer!