Alagoas, de tempos idos, dita Palmares foi (porque não é mais?) um estado referência na luta contra a opressão do colonialismo, por conta da resistência duradora do Quilombo dos Palmares, à escravatura vigente, mas, na contemporaneidade se faz extremamente acéfalo ,de quaisquer políticas que sinalizem para o empoderamento do povo preto.

Alagoas, o estado político, faz do povo preto utilidade descartável, ou para não muito constranger algo folclórico. O trato da negritude é folclórico ou premiável e haja entrega de prêmios em hotéis de luxo, para quem faz, o que o estado com sua leniência perpetrada, acomodado em berço esplêndido, ou por trás de birôs intransigentes, deveria fazer.

Alagoas é um estado, politicamente racista, homofóbico, machista, transfóbico, elitista tudo corroborado com o blá-blá-blá estatal e das muitas gentes. Até o CONEPIR que deveria atuar, como braço da sociedade civil é subalternizado no meio dessa inércia política conveniente.

Em 7 anos e meio , Alagoas não construiu documentos norteadores para a promoção de políticas públicas para  pret@s, LGBTQIA+,mulheres,e etc e tal, mas, isso não causa nenhum incomodo para , tantos e muitos que  continuam a aplaudir de pé. 

Em pé. 

De cócoras. 

Acocorados.

Equidade?

Alagoas tem uma afrontosa e soberba indiferença à política de promoção para igualdade racial, e nós, a sociedade civil nos aquietamos e fechamos os olhos aos destemperos de ausências sistemáticas e seculares, que acontecem nos quilombos alagoanos ( aqui a gente tem que fazer   o que o prefeito manda- disse um quilombola. O dono contemporâneo dos seres “sem alma”) e nas periferias festivas, vestidas de bandeiras pontuais. 

Somos arrobas negociáveis para qualquer lado politico. 

Esquerda-direita-volver.

Precisamos estabelecer diálogos aprofundados  na construção de um projeto político ( QUAL É MESMO O PROJETO POLITICO?) para que não continuemos sendo invisíveis, ou, pardos feito papel de embrulho.  

Enquanto houver racismo, não haverá democracia- brada a Colizão Negra de Direitos. 

Se assim for, em Alagoas, não há democracia.

Nos acordos politicos o povo é a platéia que vota para manter o status quo de tant@s e muit@s.

Você  acordou pret@, hoje?.