Este domingo, 8 de maio, será dedicado às mães. Para comemorar essa data, o Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM), uma Organização Não Governamental (ONG), oferece ajuda a mulheres em situação de vulnerabilidade através do projeto “Uma mãe levanta a outra.
Ao Cada Minuto, a coordenadora da ONG, Paula Lopes, conta que o objetivo do projeto é ressaltar a unidade e sororidade que já existe entre as mães. Para ela, o foco é que as mulheres dialoguem entre si sobre maternidade, trabalho, autoestima e dificuldades do retorno ao mercado de trabalho após a gravidez.
Lopes destaca que o projeto procura reunir mães e mulheres em situação de vulnerabilidade para fortalecê-las como grupo e lutar por seus direitos. “São estas que mais sofrem com os altos preços dos alimentos, do gás, da energia e também com as filas de hospitais, vagas na creche e no subemprego”.
As rodas de conversas acontecem uma vez por semana na ONG com a presença de psicólogas, assistentes sociais e advogadas. É através dos encontros que as mães conseguem focar em outros assuntos além da maternidade, como a autoestima e autoconhecimento.
“Podemos nos fortalecer em nossos erros e acertos sendo mães, que sob o jugo social cumprimos nossos deveres e obrigações pré estabelecidas na medida do possível, sem carregar culpas, sem carregar clichê, tentando desconstruir estereótipos e construir nossa própria identidade diante do modo avassalador que é viver a maternidade real”, conta.
Para ajudar o Centro de Defesa dos Direitos da Mulher, as pessoas podem contribuir até o final do mês de maio, no stand localizado no Parque Shopping ou na própria ONG com absorventes pós- parto, roupas para parturientes e itens para bebês.
“Papel fundamental na minha vida”
A mãe solo, Daiana Sousa, de 21 anos, é frequentadora do espaço e conta a importância do projeto durante a gestação até hoje em dia. “A ONG me ajudou de várias formas. Me deu a oportunidade de me conhecer por inteira e me acolher, elas fizeram um papel fundamental na minha vida”, relata.

Daiana virou mãe do seu primeiro filho ainda na adolescência, com 17 anos. Ao término do relacionamento da segunda gestação, a jovem se deparou com a maternidade solo e fez o papel de ser mãe e pai ao mesmo tempo.
A organização conta com diversos cursos profissionalizantes ofertados para mães em situação de vulnerabilidade. Foi através deles que Daiana se especializou e ganhou a oportunidade de trabalhar com hotelaria.
“O CDDM mudou a minha vida de uma forma que nem eu imaginava. Acredito que possa fazer isso com as demais que estão precisando desse apoio, devido ao acompanhamento psicológico. É a base de nossas vidas, pela saúde emocional”, conclui.
“Hoje eu sou uma mulher empoderada”
Já a autônoma, Maria Etiene dos Santos, de 34 anos, sofreu agressão física e psicológica do ex-marido. Na época, seu filho tinha 7 anos, foi quando Maria tomou a decisão de pedir a separação. Através disso, uma colega indicou a CDDM e foi acolhida pela ONG através de cursos, palestras, psicólogos, advogadas, serviços sociais e outros.
“Hoje eu sou uma mulher empoderada, que saiu do anonimato, estou exposta ao mundo através do conhecimento dos cursos oferecidos pela ONG. Hoje sou uma pessoa com muita força de vontade, lutando pelos meus objetivos, para alcançar algo lá na frente”, finaliza.
*estagiária sob supervisão da Editoria