Por conta da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que suspendeu a eleição indireta para governador tampão em Alagoas, o parlamento estadual se encontra sem realizar as sessões ordinárias. Falei sobre isso em textos anteriores, explicando em detalhes a situação.
Além disso, na Casa de Tavares Bastos, se encontra – a espera do retorno dos deputados estaduais ao trabalho – um pedido de remanejamento de recursos feito pelo governador interino Klever Loureiro.
Quando os deputados estaduais retornarão ao trabalho? Quem sabe…
A não realização das sessões é um acordo firmado pelo bloco da maioria, liderado pelo deputado estadual Bruno Toledo (MDB), que enxerga no impasse diante da suspensão da eleição indireta, uma “anormalidade institucional”.
Toledo chegou a confirmar a situação em entrevista ao blog, inclusive colocando que o Poder Legislativo não se encontra confortável para deliberar diante dessa situação vivenciada em Alagoas, com um governo interino.
Em post passado ouvi Bruno Toledo e o deputado estadual Davi Maia (União Brasil) sobre o assunto. Maia discorda de Toledo e diz que a paralisação das sessões ordinárias é muito ruim para Alagoas, pois não há apreciação de matérias como o remanejamento já citado.
Agora a pouco conversei também com a deputada estadual Jó Pereira (PSDB), por telefone, a respeito do assunto. A parlamentar tucana também mostra sua discordância com a maioria dos pares e critica a paralisação dos trabalhos no Poder Legislativo.
“Não existe anormalidade institucional. Os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo devem continuar atuando dentro das regras constitucionais, uma vez que estão sendo ocupados de acordo com a sucessão prevista na Constituição, até que aconteça a escolha indireta do governador tampão”, colocou a tucana.
Ela ainda complementa: “não podemos punir a população e nem impor obstáculos ao atual governo, com a não realização das sessões ordinárias de forma regular”.
Pereira faz parte do grupo político liderado pelo deputado federal Arthur Lira (Progressistas), que é o bloco de oposição ao MDB do senador Renan Calheiros e do ex-governador Renan Filho. Dentro desse grupo, ela é a cotada para ser a vice da chapa do pré-candidato ao governo do Estado de Alagoas, senador Rodrigo Cunha (União Brasil).