De vez em quando , essa ativista dá uma baqueada. Não é fácil dia após dia ter que reinventar estratégias ,na diuturna ação ativista, contra o racismo estrutural insidioso.
Um camaleão poliglota.
Tem dias bem inquietos, quando tant@s d@s noss@s se transformam,em uma poeira invisível indiferençada, socialmente e a gente, simplesmente tem que continuar caminhando.
Auto-reforçando a alma e a base de luta.
Não é fácil acompanhar a pilha de corpos mortos esquecidos em pedra fria, porque a família não tem recursos para sepultá-los e delega ao Estado essa função, já que a vida inteira esse mesmo Estado praticou, pratica e continuará praticando o abandono sistêmico e deliberado, com o povo preto.
Tem dias de luta que são de profundo luto.
Para quem traz o ativismo internalizado nos caminhos Luto é verbo, como diria minha mais nova conhecida, a Deusa da praia: um passo a cada minuto.
Dias assim, com nuvens n’alma, exige a presença, de gente luz e daí em reunião n manhã da terça-feira, 03 de maio, com esse menino, o Dr. Diogo Borba, a gente descobre não só a cor dos corpos mortos, abandonados, como também que a solidariedade entre diferentes é combustível para esse caminho, de tons fortes, na maioria das vezes, bruto.
Eita, moço seu menino, perito médico legista , Dr. Diogo Borba, diretor do Instituto Médico Legal e Gestor do Comitê Gestor Estadual de Pessoas Desaparecidas, obrigada pela sensibilidade na escuta e a real compreensão dos fatos e vamos arregaçar as mangas, porque todo dia é um novo recomeço e há sol, mesmo em dia nublado, é?
Sigamos, parceiro....
Seu moço, doutor qual é a cor dos corpos desaparecidos, mortos?