O imbróglio envolvendo a eleição indireta para governador tampão e vice, que está suspensa por decisão do presidente do STF, ministro Luiz Fux, foi o assunto da entrevista concedida nesta quarta-feira (04), pelo senador Rodrigo Cunha (UB), pré-candidato ao governo, às jornalistas Liara Nogueira e Thaise Cavalcante, da rádio Nova Brasil.

Frisando não ser contrário ao pleito, mas a forma como ele está sendo conduzido, Cunha não poupou críticas ao que classificou de “acordão” de cartas marcadas, firmado entre a Assembleia Legislativa e o ex-governador Renan Filho (MDB) para a escolha do deputado estadual Paulo Dantas como governador tampão.

O senador afirmou que “por ser conhecedor de tudo que move essa turma” sabe que, nos bastidores políticos, a intenção não é melhorar os indicadores sociais ou diminuir a taxa de analfabetismo, e sim sentar na cadeira de governador com a única e exclusiva intenção de ser reeleito, aparelhar o governo do Estado em um momento eleitoral. 

“A gente sabe como funciona a Assembleia Legislativa, estive lá por quatro anos... Entregar, no momento eleitoral, o governo do estado para a Assembleia vai fazer o estado dar um salto triplo mortal para trás”, analisou Cunha.

Citando ainda as falhas no edital, entre elas o fato de que qualquer pessoa pode ser candidato, inclusive sem filiação partidária, o senador reforçou “que é preciso mostrar às pessoas o risco de entregar o governo para a ALE, de uma maneira extremamente obscura” 

Disse mais: “Alagoas é um estado rico, mas é um estado rico para poucos”.