O menino tinha um nome pomposo, Márcio Cauã Ferreira Acioli, ou simplesmente Cauã.

Tinha 2 anos e 10 meses e um sorriso lindo ,puro, angelical.

A criança não tinha registro civil, portanto, estava posto no limbo da não-existência.

Dia 18 de abril Cauã desapareceu, no Complexo Benedito Bentes, parte alta de Maceió, dez dias, depois acharam seu corpinho jogado em uma mata.

Maceió ocupa a primeira posição em ocorrências de ameaça de morte entre crianças e adolescentes no Estado, segundo dados do PPCAAM-AL, com 63 casos.

O complexo Benedito Bentes, com 14% de ocorrências ocupa a segunda colocação.

E agora, o pequeno Cauã está morto.

Oficialmente.

Conta a crônica policial que um adulto, o tal do cuidador, matou a criança, quebrou sua nuca.

Porque tantas das nossas crianças estão reféns da negligência doméstica, social, estatal?

E agora, o pequeno Cauã está morto.

É The End?

Quem vai pagar por isso?

Que o Orun lhe dê asas, menino!

Salve!

Cadê Maria Clara!