O jogo é deles, mas a bola é nossa. O problema é que eles tomam a bola e nenhum de nós reclama. E não, não estamos falando sobre futebol, mas da política. Mais especificamente, a política em Alagoas, nesse exato momento. Em pleno ano eleitoral, antes mesmo da campanha propriamente dita, ocorre um um vai-e-vem sobre o substituto provisório e temporário a ocupar a cadeira de governador.

E o que deveria chamar a atenção nem mesmo é quem vai ocupar o cargo de “governador-tampão”, mas a forma como tudo sempre se resume a um pequeno grupo de pessoas brigando entre si, quando o tema na verdade reflete e interfere nas vidas de milhões, no caso, os moradores dos 102 municípios alagoanos.

De um lado governistas, do outro oposição, no meio deles os oportunistas e por aí vai. Mas, tem realmente alguém do povo, representando os interesses da sociedade, nessa confusão toda que agora tornou-se judicializada? Ao menos pelo que se vê, todos os interessados em ocupar ou mesmo em não deixar que seu oponente ocupe o cargo de governador de maio a dezembro de 2022, buscam apenas interesses pessoais, quando o objeto da discussão é do interesse de mais de 3 milhões de pessoas.

E a culpa, no final das contas, é nossa. Eles tomaram a bola e nós ficamos calados, como sempre.