O Quilombo do Algodão fica localizado entre o sol causticante e o chão de terra batida, de onde surgem pequenos arbustos desafiando a falta d’água que aduba crescimentos.
As mulheres quilombolas nos recebe, na quinta-feira feriado de 21 de abril, com sorrisos festivos de acolhimentos. Somos a novidade que rompe o mundo igual de ocasos que elas habitam.
O olhar para o entorno mostra a situação de parecença do território, a mesma de 10 meses; a pobreza claustrofóbica, ainda reina. Não há nenhuma melhor estrutural.
O território continua inóspito, mas, a cabeça das mulheres quilombolas, os diálogos são lindezas.
Tão gratificante!
Elas falam em direitos,deveres, identidade, pertencimento, com olhos que se descortinam outros e novos conhecimentos.
Por entre o chão de terra batida, o calor que sufoca e a falta d’água nas torneiras, há caminhos de possibilidades , as mulheres quilombolas sonham, com risos que reverberam confiança e seguem esse tempo de germinar ideias, concepção das mudanças.
E entre suores, conversas muitas , feito arquitetura coletiva, as mulheres do Quilombo Lagoa do Algodão, em Alagoas, orientadas pelo Instituto Raízes de Áfricas e outros apoios institucionais, vão promovendo a organização política do território.
E essa ativista caminha ao lado.
Salve, Mulheres do Quilombo!