Cada um tem o seu jeito, estilo, a sua forma de atuação - que também pode mudar de acordo com o interesse de ocasião, naturalmente.

São três características:

1 -  Há os que dedicam sua atuação parlamentar na discussão no plenário, dos grandes temas nacionais.

2 - Os que possuem grande participação nas comissões influindo na elaboração da legislação nacional para diminuir as desigualdades sociais.

3 - E aqueles que atuam peregrinando pelos ministérios buscando recursos públicos para suas bases eleitorais.

Do passado, logo lembro de dois nomes fortes que recentemente representaram Alagoas no Senado e deixaram uma lacuna: Heloísa Helena, que se enquadra, em minha opinião, nas características 1 e 2; e o ex-senador Biu de Lira, na 3.

Quanto aos atuais senadores, Renan Calheiros protagoniza discurso de oposição nas comissões e nas redes sociais ao governo Jair Bolsonaro.  Característica 1.

Fernando Collor, ex apoiador de todos os governos anteriores, mantém-se governista. Consegue benesses para as suas bases. Característica 3.

Já Rodrigo Cunha... é meio neutro,  é meio governista, mas não se enquadra em nenhuma das três características de atuação citadas no inicio desse texto.

Numa eleição polarizada como essa entre Lula e Bolsonaro - mesmo tendo possibilidade de surgirem outros candidatos a presidente -, os senadores devem dizer em que candidato a presidente votam no primeiro turno e também em quem votariam no possível segundo turno.  

Mas, se até hoje ninguém sabe em quem Rodrigo Cunha votou pra presidente em 2018, ele esconde ainda mais em quem votará este ano.  

Esse 'equilibrismo' não é recomendável para um candidato a  governador, pois terá que manifestar de que lado está.

E como terá o apoio do deputado Arthur Lira sem votar no presidente Jair Bolsonaro?

Existe um refrão - como escrevi em outros textos, de uma música evangélica que diz:

" Não adianta você se esconder, Deus vê."