A Megalic, empresa sediada em Maceió, pagou, com verbas de emendas do relator, R$ 2.700 por produto e vendeu posteriormente aos municípios por R$ 14 mil, revela reportagem da Folha.
As prefeituras de União dos Palmares, Canapi, Barra de Santo Antonio, Santana do Mundaú, Branquinha, Maravilha e Flexeiras receberam R$ 26 milhões para robótica, mesmo com muitas delas sem infraestrutura mínima como computadores, internet e água encanada.
''a Megalic já faturou em 2022 o total de R$ 54 milhões a partir de depósitos de prefeituras para kits de robótica, enquanto só gastou R$ 6,7 milhões'', diz ainda a reportagem.
Os donos da empresa alagoana são Roberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda.
A empresa também fez negócios nos municípios de Bom Jardim e Carnaubeira da Penha, em Pernambuco.
Os recursos são originários do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão do MEC (Ministério da Educação) dominado pelo centrão.
" A esperteza quando é demais, vira bicho e come o dono ", gosta de dizer aos seus amigos o ex-vereador por Maceió Nilton Lins.