Essa ativista pensa Alagoas como um território fértil e abundante de mulheres comprometidas, valentes, assertivas, essencialmente, poderosas, entretanto, invisibilizadas pelo androcentrismo vigente.

Ouvir e ver a promotora, Karla Padilha, fazer uma preleção, na tv,  com palavras agudas, substantivas, sobre a legitimidade dos direitos democráticos de  todas as pessoas, principalmente, as invisíveis, geralmente pretas, periféricas e pobres, instadas nas periferias claustrofóbicas, distantes das politicas públicas de estado é criar fôlego extra, para  alma ativista respirar caminhos.

Karla Padilha está lotada na  62ª Promotoria de Justiça da Capital, e, é  responsável pelo controle externo da atividade policial, no Ministério Público, em Alagoas

E, mesmo sem conhecê-la pessoalmente, (ou conheço?), bateu um orgulho danado  ver uma mulher da justiça, rompendo os espaços do silenciamento, às vezes, conivente, promovendo rupturas com a zona de conforto para exercitar os princípios da dignidade humana.

Empatia, humanidades.

E defronte a tv, essa ativista, foi toda aplausos para, a promotora Karla Padilha 

Bravo!

Mas,  fica instalada uma pulga atrás da orelha: sendo Alagoas,um celeiro fértil de mulheres valentes, comprometidas e poderosas por que, em 204 anos de emancipação,  mulheres nunca  assumiram, de forma efetiva,  a cadeira da Secretaria de Segurança Pública?

Obrigada, por você, Karla!