CPI do MEC: Rodrigo Cunha vai apoiar a investigação?

Rodrigo Cunha, do União Brasil (UB-AL), enfrenta uma 'sinuca de bico'. O seu principal apoiador, o construtor do seu palanque, o mais poderoso elo entre a sua candidatura ao governo de Alagoas e o bolsonarismo, está no olho do furacão.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, segundo reportagem da Folha, é o ''responsável por controlar em Brasília a distribuição de parte das bilionárias emendas de relator do Orçamento, fonte dos recursos dos kits de robótica.''

Sete cidades alagoanas foram beneficiadas. Em muitas faltam salas de aula, computadores e internet. Foram enviados R$ 26 milhões. Os contratos dos municípios foram feitos pela Megalic, em Maceió. Um dos nomes que aparece como proprietário é o de Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda (PSD), aliado de Arthur.

O que se quer saber agora é se o senador Rodrigo Cunha vai apoiar a investigação, pois envolve o nome do seu aliado, que é o 'dono' do União Brasil.

Recentemente, na sua propaganda eleitoral, ele usou frases afirmando que “Não fui pra Brasília andar de Ferrari nem de camburão'', e já são quatro anos de mandato e que nunca vai “envergonhar Alagoas.”

No Senado, as 27 assinaturas necessárias para abertura da CPI do MEC foram conseguidas. O nome de Cunha não aparece. O de Renan Calheiros (MDB-AL) tá lá.

Saiba abaixo quem são os 27 senadores que assinaram o pedido de instalação da CPI, segundo o Congresso em Foco:

* Randolfe Rodrigues (Rede-AP);

* Paulo Paim (PT-RS);

* Humberto Costa (PT-PE);

* Renan Calheiros (MDB-AL);

* Styvesson Valentim (Podemos-RN);

* Fabiano Contarato (PT-ES);

* Jorge Kajuru (Podemos-GO);

* Zenaide Maia (PROS-RN);

* Paulo Rocha (PT-PA);

* Omar Aziz (PSD-AM);

* Rogério Carvalho (PT-SE);