Manhã de sexta-feira, 7 h30 da manhã. Entro no laboratório para fazer exames. Me aprumo em um banco no esperar a vez,ainda, respeitando a distância tranquilizadora entre pessoas. A tv ligada me chama atenção. Está passando um desses programas evangélicos que o pastor trnsvestido de poder, demoniza, qualquer outra crença, que não seja aquela que ele diz professar.
Um homem preto de joelhos, tem a nuca, ostensivamente, presa pelas mãos, feito garras, do pastor. É o demônio, a representação viva do inferno no mundo.
O programa me causa um tremendo incômodo, fere princípios. Dirijo-me até uma das atendentes e questiono o porquê do estabelecimento transmitir para o público diversificado, diferenciado um programa , com visão tão unilateral.
E a mocinha, ainda uma menina diz:- “A senhora tem toda razão e não sei quem foi que colocou nesse programa.” E imediatamente acionou quem é de direito , passou a demanda e pediu a resolução do impasse. Após encontrarem o controle da tv sintonizaram no jornal local.
Saí agradecendo à Erica pela solidariedade e por, mesmo sendo tão jovem, ter tido a compreensão que, no ambiente de empresa, com atendimento para um mundo de pessoas diversas, todas podem se sentir confortáveis, quando o respeito as diferenças é tônica.
Obrigada, Erica!