O YouTube retirou do ar nesta sexta-feira (4) o vídeo da audiência pública que discutiu ontem (3), na Câmara Municipal de Maceió (CMM), a exigência do comprovante vacinal de crianças e adolescentes em escolas. A íntegra da sessão proposta pela vereadora Gaby Ronalsa (PSDB) estava disponível no canal da CMM. 

A assessoria de Comunicação da Casa disse que, conforme informado pela plataforma, “o vídeo foi removido por violar as diretrizes da comunidade no YouTube”.

O vídeo da audiência que estava sendo transmitida em tempo real foi derrubado antes do final, mas o operador do parlamento municipal conseguiu registrar os 21 minutos finais da discussão.

Ontem durante a sessão, a vereadora Teca Nelma (PSDB) resumiu, nas redes sociais, o que ela entendeu ter sido o resultado da audiência: “A Anvisa é mentirosa; Vacina deixa as pessoas com deficiência; Ivermectina é efetivo; A ciência está do lado deles; Não querem vacinar crianças; Me vacinei mas sou contra exigências”.

Hoje, Teca Nelma comemorou a retirada do vídeo do ar: “Notícias boas dmssss! O YouTube derrubou o vídeo da audiência pública da Câmara de Vereadores sobre o passaporte vacinal de crianças! Pra você ver o nível das falas presentes na Câmara de Maceió”, escreveu, no Twitter. 

 

 

Já o vereador Leonardo Dias repudiou a decisão do YouTube, que classificou de absurda. 

“O YouTube simplesmente retirou do ar o vídeo da Audiência Pública sobre o Passaporte Sanitário nas escolas, realizada pela Câmara Municipal de Maceió. Uma censura absurda sobre uma Casa que tem a missão de dar voz à população e de debater temas de interesse da sociedade”, postou Dias, no Instagram.

O vereador anunciou que já apresentou um requerimento para que a Procuradoria da Casa seja acionada e possa ajuizar uma ação contra a plataforma. 

A audiência proposta por Gaby Ronalsa foi motivada pela portaria da juíza Fátima Pirauá, da 28ª Vara Cível da Capital - Infância e Juventude, determinando que escolas de Maceió reportem ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público de Alagoas os casos de pais que não vacinaram os filhos contra a Covid-19.