Elias Natanael dos Santos tinha 14 anos, quando desapareceu no dia 14 de janeiro de 2014. Em abril faria 15 anos.
A mãe,Irene conta que foi buscar o menino, no município alagoano de Passo de Camaragibe, na casa dos avós,onde passava férias, para retornar a Maceió, mas, Elias sumiu.
Contam que o menino saiu com mais dois amigos. A noitinha os amigos voltaram para casa do tio, mas, Elias evaporou no ar. Sem nenhuma pista, rastro, nada.
Segundo, Irene o delegado de Passo de Camaragibe se negou a fazer o Boletim de Ocorrência, e ela junto com o marido tiveram que se deslocar até a capital, Maceió para obter o documento.
Com o B.O. em mãos retornaram a Passo, foi a partir daí, que as testemunhas foram ouvidas. As duas crianças, que estavam com Elias e o tio delas.
-Eles ouviram a testemunhas sem nossa presença e depois nos chamaram para dizer que nosso filho tinha ido embora, porque quis e que os meninos não tinham feito nada- conta Irene.
E diante da insistência dos pais por respostas, durante as inúmeras viagens a delegacia de Passo, a autoridade respondeu:- Não temos bola de cristal para saber onde está seu filho.
Faz 7 anos que Irene procura seu menino.
Vendi tudo para encontrar, meu filho, casa, uma loja, me desfiz de tudo, mas, não o encontrei.
-Elias era um menino bom, calmo, obediente, um menino sem reclamações. E cada dia desses 7 anos sem ele, é como se eu não tivesse vida.Meu sonho é antes de morrer reencontrar, meu menino- diz, a mãe, com a voz embargada.
Dia 07 de março, às 9 horas, Irene é uma das mães de filh@s desaparecid@s, que estará presente a Audiência Pública na Camara de Vereador@s de Maceió.
A audiência é uma proposição do Instituto Raízes de Áfricas, ao mandato da vereadora, Teca Nelma e discute o desaparecimento de crianças e adolescentes em Alagoas.
Cadê, Elias?
Cadê, Maria Clara?