Kelly Damasceno é estudante de Educação Fisica, uma jovem quilombola, das Alagoas de Palmares.
Essa ativista conheceu a preta ,em uma visita ao Quilombo Lagoa do Algodão, município de Carneiros, Alagoas e enxergou uma liderança nata, ainda que invisibilizada.
Essa ativista decidiu tomá-la como pupila, instigar caminhos de pertencimento, identidade e empoderamento e, passados sete meses essa moça, vem reverberando um aprendizado que dá gosto.
E surgiu o Coletivo Cultural Mulheres de Saias , um case de sucesso na região.
O Coletivo vai além da cesta básica, impulsiona , um projeto de poder preto, feminino..
Poder de ter os direitos que são essenciais para dignidade humana: como asfalto, água nas torneiras, saúde, trabalho e educação.
Poder de cessar apagamentos históricos de quilombos destemperados,
Um projeto de poder agregado ao pertencimento do território.
E Kelly tem administrado ao lado das suas companheiras do Coletivo esse trilhar, a ruptura da indiferença social.
Kelly é dessas pretas que mastiga o medo e o engole, por inteiro. É preciso sobrar coragem
É uma mulher que descobriu que o tempo é uma linha que a gente inventa e reinventa.
Hoje minha pupila trintou e só me dei conta agora, na boquinha da noite e por isso escrevo afetos nesse texto pra essa moça.
Parabéns, Kelly Damasceno.Tenho um orgulho danado de tu.