Com as festas de carnaval canceladas, as orquestras de frevo em Alagoas ficaram dependendo da procura para tocar em festas particulares para conseguir manter suas apresentações. O período era o maior momento de garantia de renda desses trabalhadores e com a pandemia esse é o segundo ano sem a festa do momo
O maestro Siqueira Lima, responsável pelas Orquestra Jaraguá e o Frevo da Orquestra Expresso Latino, esse ano o intuito foi atender quem fazia solicitação e assim foi conseguido deixar um calendário de apresentações. “Infelizmente estamos ainda passando pelas incertezas provocadas pela Pandemia. Estamos atendendo apenas alguns chamados residenciais, reduzindo nossa orquestra, inclusive. O intuito é atender aos que nos solicitam algo”, disse ele.
Além dessa questão financeira, Siqueira ressalta que o carnaval envolve toda uma magia. “Nosso carnaval vinha a cada ano se organizando recuperando seu espaço no calendário, ver o Folião feliz em torno de uma tradição também nos conforta. Provocar alegria nas pessoas não tem preço”, disse ele.

Em Marechal Deodoro, o município transferiu R$ 200 mil reais em recursos próprios para os integrantes da cultura da cidade, conhecida como Terra dos Músicos. O objetivo é amenizar os prejuízos financeiros causados pelo cancelamento do carnaval como medida preventiva ao aumento de casos da Covid-19.
O auxílio contempla todos os integrantes de orquestras de frevo, incluindo os que estão conveniados às filarmônicas ou em formações independentes.