Após a substituição de um almirante convicto e sem-noção por um jovem e inexperiente advogado no comando do Porto de Maceió, a instituição corre agora sério risco de ingressar de vez no cardápio de privatizações do governo federal, para surpresa do deputado SérgioToledo, um dos defensores do Porto como órgão estatal federal e desvinculado do Rio Grande do Norte.
É que a consultoria especializada contratada por Dagoberto Omena, atual administrador do porto, enalteceu tanto o potencial econômico local, que o projeto de autonomia parece estar desandando, em Brasília, cedendo espaço a possíveis interesses comerciais privados, ante a timidez do gestor na sustentação da matéria, visto que o mesmo, apesar da indicação política que o mantém no cargo, pouco conhece do assunto que tenta defender nos bastidores da capital federal.
Trocando em miúdos, do jeito que a coisa anda, e em se tratando de ano eleitoral, a tão sonhada autonomia do Porto de Maceió tem grandes chances de acabar se transformando, mais uma vez, numa grande frustração para Alagoas.
Do ponto de vista econômico, um tiro n'água; sob o aspecto político, um tiro no pé.
A conferir.