O julgamento foi realizado em novembro do ano passado. Por 4 votos a 3, o deputado federal Evandro Roman (Patriota-PR) foi cassado por infidelidade partidária.
No dia seguinte uma comunicação foi enviada à Mesa Diretora da Câmara. Mas, a quem caberia seguir a burocracia e homologar a decisão judicial, a opção foi engavetar o caso e, ao que parece, jogar a chave fora.
''Pela Constituição, a cassação pela Justiça Eleitoral será "declarada" pela Mesa da Câmara, ou seja, não há margem para os deputados mudarem a decisão —a situação é diferente nos casos criminais, em que eventuais ordens judiciais de cassação só são efetivadas com o aval da maioria absoluta dos parlamentares'', explica reportagem da Folha.
De acordo ainda com o jornal, 'Arthur Lira disse, através de sua assessoria,'' que aguarda a análise de embargos apresentados por Roman ao TSE, embora o parlamentar não tenha obtido o chamado "efeito suspensivo" da decisão ao apresentar esses recursos.''
Enquanto isso, o tempo passa, passa, passa, e o deputado cassado ganha tempo, fica no cargo e cumpre o mandato.
Esse ‘filme’ de engavetar decisões judiciais já foi visto muitas vezes em Alagoas.