Apesar das discussões sobre uma possível federação envolvendo o União Brasil, o MDB e o PSDB estarem em andamento no âmbito nacional, o ex-vice-governador de Alagoas, José Thomaz Nonô – que “cedeu” o comando do União Brasil para o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, Marcelo Victor – acredita que a legenda vai viabilizar de fato uma ampla bancada na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas.
O presidente Marcelo Victor (União Brasil) de fato tem acordo político com a maioria dos deputados estaduais e deve levar muitos para a nova agremiação. É o esperado…
O parlamentar do União Brasil tem prometido a legenda como uma “casa” com a possibilidade de eleger até 16 deputados estaduais nas eleições deste ano.
Dentre os parlamentares aliados de Marcelo Victor, quem já migrou de legenda foi Bruno Toledo, que deixou o PROS para ingressar no União Brasil.
Há ainda a possibilidade de a legenda abrir portas para o deputado estadual Paulo Dantas (MDB) e ter candidato ao Executivo estadual.
O bloco de Marcelo Victor briga pela aliança política com o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). Porém, dentro do MDB, o prefeito do Pilar, Renato Filho, também briga para ser o sucessor do chefe do Executivo atual, independente de Renan Filho deixar ou não a cadeira de governador para se candidatar ao Senado.
De acordo com Nonô, o partido deve ter filiações também pelo interior do Estado, mas diz que o crescimento do novo partido em Alagoas – fruto da fusão entre o Democratas e o PSL – ainda tem esbarrado nas questões burocráticas.
“A gente precisa aguentar mais um pedacinho. Há uma série de providências burocráticas que ainda demandam tempo”, colocou.
Nonô acredita que a estrutura do partido já deve estar pronta em março. “Teremos abril, maio, junho…para cuidar da eleição que se avizinha”, colocou.
O problema do União Brasil, do ponto de vista local, pode ser a federalização. Se ela ocorrer, como tem sido discutido desde o dia 15 deste mês, vai unir, em Alagoas, jacaré com cobra d´água, uma vez que o PSDB, por exemplo, é liderado pelo senador Rodrigo Cunha, que é rival político de Renan Filho e do senador Renan Calheiros e já ensaia uma aproximação com o deputado federal Arthur Lira (Progressistas), o presidente da Câmara dos Deputados.
Muita água passará por baixo da ponte…
Outra questão é a influência de Arthur Lira e do próprio governador Renan Filho junto a outras legendas, que pode abrir espaços para deputados estaduais que estão hoje pensando em ir para o União Brasil.